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Governo de Minas promove ações para estimular doação de órgãos com foco em conscientização das famílias

Publicada em: 07/06/2025 06:53 - Notícias

Estado investe em capacitação, estrutura hospitalar e comunicação para salvar vidas e reduzir filas de espera

 

A espera por um órgão é, para milhares de mineiros, uma corrida contra o tempo. Minas Gerais tem intensificado os esforços para transformar a realidade de quem aguarda por um transplante. Com mais de 8 mil pessoas na fila por um órgão ou tecido, o Governo de Minas vem ampliando ações que envolvem desde o acolhimento das famílias até o reforço na estrutura hospitalar. Mesmo com avanços importantes, a decisão da família ainda é determinante para que a doação aconteça — e, muitas vezes, essa decisão esbarra na falta de informação ou diálogo prévio sobre o tema.

 

Hoje, em Minas, cerca de um terço das famílias recusa a doação de órgãos após a confirmação da morte encefálica. Isso acontece, na maioria das vezes, por falta de informação ou porque o assunto nunca foi discutido em casa. Diferente do que muitos pensam, não é necessário deixar um documento assinado ou registrado em cartório. Basta que os parentes mais próximos estejam cientes do desejo do ente falecido e autorizem a doação no momento adequado.

Para ampliar esse entendimento, o Governo de Minas tem promovido campanhas de conscientização voltadas à população, com linguagem acessível e foco na importância do diálogo familiar. Também tem capacitado profissionais da saúde para lidar com esse momento delicado, orientando como abordar os familiares com sensibilidade e clareza, respeitando a dor da perda e explicando o impacto positivo da decisão. A proposta é informar, sensibilizar e abrir espaço para que as famílias falem sobre o tema com naturalidade, antes que a urgência bata à porta. Afinal, quanto mais gente souber como funciona o processo, maior a chance de salvar vidas.

Cursos, incentivos e estrutura ágil

Para tornar a abordagem mais humana e eficiente, o Governo de Minas criou um curso exclusivo para profissionais da saúde que atuam na linha de frente com as famílias enlutadas. A capacitação aborda temas sensíveis, como a comunicação da morte encefálica, os cuidados necessários na condução da conversa sobre a possibilidade de doação e esclarecer todas as dúvidas quanto à cirurgia – muitos familiares acham que o procedimento pode comprometer a aparência do doador, o que não acontece.

Além disso, o estado passou a incentivar financeiramente os hospitais que criam e mantêm equipes especializadas para identificar possíveis doadores — as chamadas CIHDOTTs, comissões multiprofissionais que atuam diretamente nas unidades de saúde. É uma forma de garantir que nenhum potencial doador deixe de ser avaliado por falta de estrutura ou protocolo.

Outro ponto forte do sistema mineiro é a logística. O transporte de órgãos e equipes médicas acontece de forma ágil, com apoio de aeronaves e helicópteros do estado à disposição 24 horas por dia. Quando necessário, órgãos captados em uma cidade são levados rapidamente até outra região para que o transplante ocorra a tempo. Essa operação conta com apoio integrado das polícias Militar e Civil, Bombeiros e Gabinete Civil.

MG Transplantes organiza rede e monitora listas em todo o estado

Criado em 1992, o MG Transplantes é o centro responsável por coordenar todo o processo de transplantes no estado. A instituição gerencia a lista única de receptores, organiza a logística de captação e distribuição dos órgãos, acompanha as fichas de inscrição dos pacientes e mantém diálogo direto com as unidades hospitalares de todas as regiões.

O estado é dividido em sete macrorregiões com unidades próprias de procura de órgãos e tecidos. A Central Estadual de Transplantes funciona em Belo Horizonte e atua em conjunto com as OPOs de Uberlândia, Juiz de Fora, Montes Claros, Governador Valadares, Pouso Alegre, Ipatinga e outras cidades
estratégicas. Isso garante que o sistema funcione de forma integrada, respeitando critérios técnicos de compatibilidade e priorização dos pacientes.

Mesmo com essa estrutura bem organizada, a doação depende da decisão da família. Por isso, o Governo de Minas segue reforçando a importância de se falar sobre isso em casa. Informar os parentes mais próximos sobre o desejo de ser doador facilita tudo na hora da decisão. Quando a vontade do falecido é clara, o caminho até a autorização se torna mais leve e mais rápido. E quem está na fila não pode esperar.

Para saber mais ligue 0800-2837183 ou clique aqui.

 

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