Em 15 anos, a taxa de sobrevivência de pacientes com câncer de próstata avançado triplicou, graças aos avanços terapêuticos e ao diagnóstico molecular, segundo explica o site espanhol “La Vanguardia”.
A Sociedade Espanhola de Oncologia Médica (SEOMdestacou avanços médicos como a combinação de inibidores de PARP com tratamentos hormonais ou medicamentos radiológicos. Graças a estes, entre outros, a taxa média de sobrevivência aumentou de 18 meses em 2005 para mais de 40 meses atualmente.
A SEOM enfatizou que um dos desafios mais importantes hoje é definir a sequência ideal de medicamentos para obter o máximo benefício para cada paciente de forma personalizada.
Graças ao amplo uso do chamado PSA (exame de sangue para PSA, ou Antígeno Prostático Específico), a grande maioria dos casos é diagnosticada em estágios localizados e pode receber tratamento curativo.
Fatores de Risco
“A idade é o principal fator de risco para o câncer de próstata, aumentando a partir dos 50-60 anos em homens brancos e a partir dos 40 anos em homens negros ou com histórico familiar de câncer de próstata. Até 10% dos casos de câncer de próstata têm um componente genético. Homens com um parente de primeiro grau diagnosticado com câncer de próstata têm maior probabilidade de desenvolver a doença, mesmo em uma idade de início mais precoce do que o habitual (abaixo dos 55 anos)”, indicam os Drs. Aránzazu González del Alba e Ramón Aguado Noya, oncologistas do Hospital Universitário Puerta de Hierro Majadahonda e membros da SEOM.
Outro fator de risco é a dieta, como explicam os especialistas. “Acredita-se que dietas ricas em gordura animal e pobres em vegetais (especialmente vegetais crucíferos, como brócolis ou couve-flor), a ingestão de ácidos graxos ômega-3 (abundantes em óleos de peixee o consumo de álcool estejam associados a um risco aumentado de câncer de próstata. Embora haja menos evidências a esse respeito, um número maior de casos de câncer de próstata também foi observado em homens que usam multivitamínicos, suplementos de zinco ou que apresentam altos níveis de ácido fólico e vitamina B12”, observam González del Alba e Aguado. A obesidade, segundo a SEOM, aumenta o risco de câncer de próstata e sua agressividade, além do tabagismo, que também pode aumentar o risco da doença e sua mortalidade.
Fatores de Proteção
Em relação aos fatores de proteção, os médicos explicam que “tomate e melancia têm alto teor de licopenos, antioxidantes que ajudam a prevenir danos ao DNA e têm sido associados a um menor risco de câncer de próstata em alguns estudos”. Além disso, “os fitoestrógenos presentes na soja e em outras leguminosas, bem como o consumo de café (com e sem cafeína), também foram associados à redução do risco de câncer de próstata”.
Em relação à prática de exercícios físicos, os números que relacionam a atividade física ao câncer de próstata são contraditórios, embora “pareça que pacientes com mais de 65 anos que praticam exercícios físicos vigorosos apresentam menor risco”, reconhecem os médicos.
Itatiaia