Vítimas eram atraídas para encontros, onde eram ameaçadas e extorquidas. Em alguns casos, houve sequestro
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, nesta terça-feira (17), oito suspeitos de integrar uma quadrilha que que usa aplicativos de relacionamento para atrair, roubar e extorquir membros da comunidade LGBTQIAPN+.
Entre novembro de 2024 e junho de 2025, ao menos 36 vítimas registraram ocorrências, mas os agentes acreditam que esse número seja ainda maior.
Os encontros eram marcados em pelo menos nove regiões do DF. Os suspeitos escolhiam locais isolados e com pouca iluminação para encontrar as vítimas. Depois, os alvos eram surpreendidos por dois ou três criminosos armados.
As vítimas eram agredidas e chantageadas até que entregassem seus pertences, além de serem forçadas a fazer transações bancárias. Quando os suspeitos percebiam que o alvo da vez tinha um saldo significativo na conta bancária, a pessoa era mantida rendida durante toda a madrugada até o amanhecer, a fim de contornar os limites de transferência noturnos.
Além disso, segundo a PC, em pelo menos duas ocasiões os veículos roubados foram usados para praticar outros crimes antes de serem abandonados. Além dos prejuízos materiais, as vítimas também relataram graves ameaças, feitas pelos criminosos para evitar que denunciassem os crimes às autoridades.
Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, extorsão qualificada e roubo agravado, ambos caracterizados pelo uso de arma de fogo e pela restrição de liberdade das vítimas. As penas combinadas podem ultrapassar 40 anos de reclusão.
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