Após levantar recursos para, supostamente, tratar a doença, investigada responderá por estelionato e falsidade ideológica
Uma mulher de 37 anos, que teria simulado um câncer para obter vantagens financeiras, foi indiciada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em Divinópolis, na Região Centro-Oeste do estado. Segundo as investigações, ela teria realizado campanhas de arrecadação, como rifas, vaquinhas virtuais, eventos beneficentes e doações espontâneas, alegando estar em estágio avançado de tratamento oncológico.
Sensibilizados por essa narrativa mentirosa, familiares, amigos e até pessoas que nem a conheciam pessoalmente contribuíram com recursos financeiros. A mulher também teria feito empréstimos bancários em nome do companheiro e utilizado nomes de terceiros em consórcios informais, tudo sem autorização.
Durante a investigação, a PCMG requisitou prontuários e exames de hospitais da região, clínicas especializadas e do plano de saúde da suspeita. Os documentos foram analisados por um médico-legista da instituição, que atestou a inexistência de qualquer diagnóstico ou tratamento oncológico.
Com base nas provas reunidas, os investigadores indiciaram a mulher pelos crimes de estelionato majorado e falsidade ideológica. O caso, agora, está nas mãos da Justiça. O destino de parte dos valores arrecadados por ela ainda está sendo apurado pela PCMG.
Cuidado com campanhas falsas
A delegada responsável pelo caso, Adriene Lopes, destaca o impacto social causado por esse tipo de fraude. "Casos como este abalam a confiança da população em campanhas de arrecadação e acabam prejudicando diretamente aqueles que realmente enfrentam doenças graves e necessitam de apoio", diz.
A delegada alerta que pessoas que se deparam com campanhas de arrecadação devem procurar o máximo de informações possíveis. "Orientamos que as pessoas tenham cautela e verifiquem a veracidade das informações antes de realizar qualquer tipo de doação", aconselha.
Estado de minas