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Detento mata policial penal, veste a farda e foge de hospital de Uber em BH e tem prisão ratificada

Publicada em: 04/08/2025 06:38 - Notícias

Shaylon Cristian Ferreira Moreira, de 24 anos, foi preso pela PM logo após sair pela porta da frente do hospital

 

A Polícia Civil ratificou, neste domingo (3), a prisão de Shaylon Cristian Ferreira Moreira, de 24 anos, principal suspeito de matar o policial penal Euler Oliveira Pereira Rocha, de 42 anos, durante uma escolta no Hospital Luxemburgo, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na madrugada do mesmo dia. Após o crime, o suspeito vestiu a farda do policial, saiu pela porta da frente do hospital e entrou em um carro de aplicativo. No entanto, foi localizado nas imediações pela Polícia Militar (PM).

 

“O suspeito foi detido por policiais militares e será ouvido por meio da 2ª Central Estadual do Plantão Digital, onde serão adotadas as providências cabíveis. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) ratificou a prisão em flagrante por homicídio qualificado. Após os procedimentos, ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. Outras informações serão divulgadas ao término dos trabalhos de polícia judiciária”, informa trecho da nota.

Três investigações independentes foram abertas para apurar os detalhes da morte do policial penal Euler Oliveira, ocorrida durante a escolta no Hospital Luxemburgo. Procuradas pela Itatiaia, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a Corregedoria da Polícia Penal e a Polícia Civil confirmaram a instauração de inquéritos para investigar o caso.

Informações iniciais da Polícia Militar apontam que Shaylon aproveitou uma oportunidade, entrou em luta corporal com o agente, pegou as duas armas dele e atirou.

Até o momento, há mais perguntas do que respostas. Fontes nas forças de segurança confirmaram à Itatiaia que, tradicionalmente, a escolta de detentos em hospitais é feita por dois policiais penais. A nota da Sejusp informa que o preso atacou “um dos policiais penais da escolta”, mas não explica onde estava o segundo agente no momento da confusão — o que chamou a atenção até do sindicato da categoria.

A reportagem Itatiaia esteve no hospital em busca de mais informações e conversou com o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Minas Gerais, Jean Otoni.

“A informação que temos é que o policial penal fazia a escolta desse preso, que já estava internado havia três dias. Por volta das 2h40, o detento pediu para ir ao banheiro. Lá, entrou em luta corporal com o agente, tomou as duas armas que estavam com ele e disparou: um tiro na nuca e outro no tórax”, relatou Jean.O presidente do sindicato também afirmou que o preso vestiu o uniforme do policial, se passou por ele e disse aos enfermeiros que a situação estava sob controle.

“Por isso, enfermeiros e seguranças do hospital não entraram no quarto. O preso saiu pela porta da frente, usando a roupa do policial penal, e chamou um carro por aplicativo. Eles estranharam, acionaram a polícia, e então subiram até o quarto, onde encontraram o policial no chão, sem roupa”, contou Jean. Ele ainda ressaltou:

“As escoltas hospitalares, para garantir a segurança do policial penal, do preso e das pessoas no local, geralmente são feitas por dois agentes. Até agora, o que sabemos é que esse outro policial penal não foi encontrado. Não se sabe onde está, não há notícias dele, e a corregedoria já acompanha o caso. A situação está fora do padrão: a norma manda que sejam dois policiais penais por escolta.”

O preso

Após matar o policial penal e fugir pela porta da frente do hospital, Shaylon foi preso rapidamente por militares do Tático Móvel do 22º BPM.
Segundo a Sejusp, Shaylon foi admitido na Penitenciária José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, no dia 14 de julho. Ele possui passagens pelo sistema desde 2018, respondendo a diversos inquéritos por crimes como tráfico de drogas, furto, posse ilegal de arma de fogo e homicídio.

Polícia Civil

Em nota, a Polícia Civil confirmou que Shaylon teve a prisão confirmada. Veja a íntegra:

Em relação ao homicídio registrado na madrugada deste domingo (3/8), no bairro Luxemburgo, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que a perícia oficial compareceu ao local dos fatos para identificar e coletar vestígios. O corpo da vítima, um agente de segurança pública de 42 anos, foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização dos exames. O suspeito, um homem de 24 anos, foi detido por policiais militares e será ouvido por meio da 2ª Central Estadual do Plantão Digital, onde serão adotadas as providências cabíveis.

A PCMG ratificou a prisão em flagrante do suspeito por homicídio qualificado. Após os procedimentos, ele foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. Outras informações serão repassadas ao término dos trabalhos de polícia judiciária.

Confira a nota na íntegra da Sejusp

A Sejusp informa que instaurou um procedimento interno para apurar administrativamente o episódio que ocorreu na madrugada deste domingo (3/8), no Hospital Luxemburgo, em Belo Horizonte.

Um preso de 24 anos, que estava internado para tratamento médico desde o dia 27/7, entrou em luta corporal com um dos policiais penais da escolta, tomou a arma e atirou contra o servidor. O policial penal foi imediatamente socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. O preso conseguiu fugir, mas foi capturado em seguida pela Polícia Militar. As investigações criminais estão sob responsabilidade da Polícia Civil. O detento havia sido admitido na Penitenciária José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, no dia 14/7, e possui passagens pelo sistema prisional desde 2018, respondendo a diversos inquéritos por crimes como tráfico de drogas, furto, posse ilegal de arma de fogo e homicídio.

 

A Sejusp lamenta a morte do servidor e se solidariza com familiares, amigos e colegas do policial penal.

Confira a nota na íntegra do Hospital Luxemburgo

O Hospital Luxemburgo informa que, na madrugada do dia 03 de agosto de 2025, foi registrado um lamentável incidente nas dependências da unidade envolvendo um paciente sob custódia e um agente público de segurança.

O paciente em questão foi internado para tratamento médico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), encaminhado pela Secretaria Municipal de Saúde. Como hospital credenciado ao SUS, o Hospital Luxemburgo tem o dever de receber e tratar todos os pacientes encaminhados via regulação, inclusive aqueles em situação de custódia. Nestes casos, a responsabilidade pelo controle e escolta é de competência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), por meio da Polícia Penal de Minas Gerais.

A instituição reforça que nenhum civil ingressou armado nas dependências do hospital e que seguimos, rigorosamente, todos os protocolos internos de segurança. A ocorrência teve início durante o turno de escolta de um agente de segurança pública que, de acordo com a nota divulgada pela SEJUSP, foi vítima de disparos efetuados com a própria arma de fogo, subtraída pelo paciente no interior do quarto onde se encontrava internado.

Tão logo a situação foi identificada, a equipe assistencial acionou o protocolo de emergência com Código Azul, prestando imediato atendimento e todos os esforços de reanimação à vítima. Paralelamente, as forças de segurança foram acionadas, e a instituição colaborou integralmente com os órgãos competentes. Desde o ocorrido, a equipe multiprofissional da unidade está prestando acolhimento e suporte emocional aos colaboradores envolvidos direta ou indiretamente na ocorrência.

 

O Hospital Luxemburgo lamenta profundamente o falecimento do agente penal e se solidariza com seus familiares, colegas e amigos. A unidade reforça que permanece colaborando com as autoridades competentes para contribuir com as investigações em curso.

 

Itatiaia

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